Termo hipertexto foi utilizado pela primeira vez por Theodor H. Nelson ao conceituar o que seria "linkar" ou "ligar" textos, nos anos 1960, numa comunicação apresentada à Conferência Nacional da Association for Computing Machinery, nos Estados Unidos e teve como influência o pensador francês Roland Barthes.
Na Wikipédia encontramos o seguinte conceito de Hipertexto:
"é o termo que remete a um texto em formato digital, ao qual agrega-se outros conjuntos de informação na forma de blocos de textos, palavras, imagens ou sons, cujo acesso se dá através de referências específicas denominadas hiperlinks, ou simplesmente links. Esses links ocorrem na forma de termos destacados no corpo de texto principal, ícones gráficos ou imagens e têm a função de interconectar os diversos conjuntos de informação, oferecendo acesso sob demanda as informações que estendem ou complementam o texto principal”.
Ao navegar pela Wikipédia, percebi que o hipertexto é uma forma não linear de apresentar a informação textual, uma espécie de texto em rede, no qual há a interação de vários links que possibilita um elo entre vários conceitos. Outro aspecto que despertou minha atenção foi o fato do hipertexto possibilitar a livre escolha do caminho a ser percorrido por nós usuários, agregando-se uma diversidade de recursos como sons, imagens, animação tornando-se a consulta mais fácil e atraente.
Aprender a navegar por um hipertexto, foi uma experiência impar, pois descobri o quanto ele é rico, e permite uma gama de informações que enriquece a construção de novos conhecimentos. E desta forma poderei orientar melhor tanto meus filhos, em suas pesquisas escolares, quanto os professores que monitoro, que terão novas possibilidades de pesquisas dos conteúdos a serem trabalhados em sala de aula, e poderão ainda orientar seus alunos na utilização do hipertexto como fonte de aquisição de novas informações para construção do conhecimento.
Apresentação
"Em tempos de engano universal, dizer a verdade é um ato revolucionário" (George Orwell)
Este blog é um espaço de reflexão e troca de experiências educativas na área de Filosofia para o Ensino Médio. Os materiais aqui postados tem por objetivo subsidiar o estudo tanto de professores quanto de alunos. Os textos serão de autoria própria, ou de autores da área, ou resultado de pesquisas em obras literárias e na web.
Este blog é um espaço de reflexão e troca de experiências educativas na área de Filosofia para o Ensino Médio. Os materiais aqui postados tem por objetivo subsidiar o estudo tanto de professores quanto de alunos. Os textos serão de autoria própria, ou de autores da área, ou resultado de pesquisas em obras literárias e na web.
segunda-feira, 24 de maio de 2010
O PAPEL DA TECNOLOGIA HOJE – OS DESTINOS DO HOMEM
Não há como negar o fascínio que a tecnologia exerce sobre o ser humano, materializada em produtos caros e sofisticados, atualmente verdadeiros símbolos do mundo moderno. Quem, hoje, não nutre um desejo secreto de possuir um telefone celular e utilizá-lo dirigindo um veículo monitorado por um computador de bordo? Quem já não ficou sem dinheiro no final de semana e dirigiu-se confortavelmente à cabine de um Banco 24 Horas, aproveitando também para pagar algumas contas e efetuar aplicações financeiras? Esses são apenas alguns exemplos de inovações tecnológicas que fazem parte do cotidiano do homem moderno, ampliadas a cada dia pelas novas possibilidades da informática.
Nem todo mundo vê na tecnologia a solução para as dificuldades que o homem enfrenta. Muito pelo contrário, ela tem sido apontada como a vilã da historia da humanidade que caminha para um futuro sombrio, egoísta e constantemente ameaçado pela destruição engendrada pelas próprias inovações tecnológicas. Nesse cenário pessimista, o homem aparece como a primeira vítima de sua própria criação. A tecnologia escapa ao seu controle, cai nas mãos de grupos minoritários, movidos por interesses particulares, que a utilizam muitas vezes de forma inescrupulosa para favorecer e beneficiar apenas um número restrito de pessoas, em detrimento de uma maioria ingênua, iludida e facilmente manipulável, seduzida por poucos atrativos exercidos pelos produtos da moderna tecnologia. Na cultura do ter em substituição à cultura do ser, como conseqüência direta do desenvolvimento tecnológico. As necessidades essenciais dos homens são substituídas por desejos imediatos e efêmeros, sendo o homem avaliado não mais em função do que ele é, mas em função do que tem ou possui.
Cabe ao homem rever e reavaliar o encaminhamento do desenvolvimento tecnológico, seguindo adiante com todas as inovações que lhe possam ser úteis e examinando os riscos que ameaçam despersonalizar a si mesmo e descaracterizar o ambiente em que vive. Essa reflexão em busca de uma humanização da tecnologia deve e pode ser mediada pela filosofia, que fornecerá ao homem os subsídios necessários para o estabelecimento de um novo modus vivend diante de um processo de transformação irreversível.
Mais do que nunca a nova sociedade tecnológica necessita de homens críticos e criativos de enfrentar e direcionar de forma responsável o processo de mudanças que ocorrem em ritmo acelerado. A humanização da tecnologia se fundamenta na ação livre e responsável do homem na tomada de decisões para o redirecionamento do seu próprio futuro. Está nas mãos de cada homem em particular, e da sociedade como um todo, o destino da humanidade e a possibilidade de uma existência pacífica e harmoniosa.
Nem todo mundo vê na tecnologia a solução para as dificuldades que o homem enfrenta. Muito pelo contrário, ela tem sido apontada como a vilã da historia da humanidade que caminha para um futuro sombrio, egoísta e constantemente ameaçado pela destruição engendrada pelas próprias inovações tecnológicas. Nesse cenário pessimista, o homem aparece como a primeira vítima de sua própria criação. A tecnologia escapa ao seu controle, cai nas mãos de grupos minoritários, movidos por interesses particulares, que a utilizam muitas vezes de forma inescrupulosa para favorecer e beneficiar apenas um número restrito de pessoas, em detrimento de uma maioria ingênua, iludida e facilmente manipulável, seduzida por poucos atrativos exercidos pelos produtos da moderna tecnologia. Na cultura do ter em substituição à cultura do ser, como conseqüência direta do desenvolvimento tecnológico. As necessidades essenciais dos homens são substituídas por desejos imediatos e efêmeros, sendo o homem avaliado não mais em função do que ele é, mas em função do que tem ou possui.
Cabe ao homem rever e reavaliar o encaminhamento do desenvolvimento tecnológico, seguindo adiante com todas as inovações que lhe possam ser úteis e examinando os riscos que ameaçam despersonalizar a si mesmo e descaracterizar o ambiente em que vive. Essa reflexão em busca de uma humanização da tecnologia deve e pode ser mediada pela filosofia, que fornecerá ao homem os subsídios necessários para o estabelecimento de um novo modus vivend diante de um processo de transformação irreversível.
Mais do que nunca a nova sociedade tecnológica necessita de homens críticos e criativos de enfrentar e direcionar de forma responsável o processo de mudanças que ocorrem em ritmo acelerado. A humanização da tecnologia se fundamenta na ação livre e responsável do homem na tomada de decisões para o redirecionamento do seu próprio futuro. Está nas mãos de cada homem em particular, e da sociedade como um todo, o destino da humanidade e a possibilidade de uma existência pacífica e harmoniosa.
domingo, 9 de maio de 2010
TECNOLOGIA E DESIGUALDADE ENTRE AS NAÇÕES
A tecnologia expressa e desenvolve os valores culturais existentes. Padroniza até as vidas e os valores de seus usuários, como no caso do relógio, da máquina a vapor, da linha de montagem e do computador. Através de sua dinâmica interna, a tecnologia faz exigências aos que a desenvolvem. Para a organização de seus maiores projetos cria burocracias. A tecnologia habilita as pessoas e fazem coisas que elas não poderiam ter feito de outro modo, embora certas escolhas tecnológicas excluam inevitavelmente outras. Uma sociedade que preferiu o automóvel particular ao transporte coletivo terá dificuldades em voltar atrás. Não obstante, tecnologia como tal não é autônoma, ela é criada por seres humanos e está subordinada essencialmente aos valores culturais e decisões governamentais. O caminho mais sensato é almejar um progresso limitado e manter seus inevitáveis custos em nível mínimo. Alguma inovação tecnológica é essencial e desejável. Ela tem sido necessária à modernização de todas as sociedades, e habilitará a nossa a sobreviver e melhorar. O desenvolvimento de novas tecnologias deve ser encorajado e o treinamento de tecnólogos imaginativos, promovido. A tecnologia não ficará sob controle social enquanto os partidos políticos não propuserem diretrizes específicas para tal. Com vistas à aceleração desse processo, deverá haver o debate mais amplo possível a difusão de informações. Toda e qualquer faculdade humana pode ser mal usada. O homem pode usar sua inteligência para escravizar um outro, sua imaginação para ludibriar, sua eloqüência para trair. Mas, se não usasse faculdades, onde estaria? Usando seus poderes, o homem amplia continuamente o âmbito de suas realizações. A tecnologia aumenta sua capacidade para fazê-lo.
A tecnologia pode criar ou destruir, tornar o homem mais humano ou menos. Mas as civilizações, como os indivíduos, devem correr riscos se quiserem progredir. Se exercermos prudência para minimizar os danos da tecnologia e incentivar ao máximo seus benefícios, certamente valerá a pena aceitar o risco.
A tecnologia pode criar ou destruir, tornar o homem mais humano ou menos. Mas as civilizações, como os indivíduos, devem correr riscos se quiserem progredir. Se exercermos prudência para minimizar os danos da tecnologia e incentivar ao máximo seus benefícios, certamente valerá a pena aceitar o risco.
segunda-feira, 3 de maio de 2010
PROBLEMAS DA CIVILIZAÇÃO TECNOLÓGICA
Na verdade, a tecnologia em si não é boa nem má. O uso que se faz dela, no entanto, pode trazer benefícios ou prejuízos para a humanidade. Diversos autores com a concepção da técnica como um recurso do qual os homens se utilizam para um aproveitamento mais benéfico, eficaz e eficiente da natureza para sua sobrevivência e subsistência. Sob essa óptica, a tecnologia é vista como uma extensão do processo de adaptação do ser humano à natureza: a relação do homem com a natureza é medida pela técnica, relação essa geralmente revestida de um aspecto harmonioso, graças à intervenção positiva da técnica.
No entanto, a tecnologia tem sido alvo de críticas, por ser considerada dominação inconsequente da natureza, a serviço de interesses comerciais, industriais, militares, entre outros, muitas vezes inescrupulosos, cujos resultados podem ser prejudiciais ao homem.
“A tecnologia é o Leviatã da modernidade. Leviatã que comanda. Quem dirige e encomenda a pesquisa científica é hoje a tecnologia. Por isso, as universidades perderam em grande parte o senso da ciência. Perdeu-o também o próprio cientista, que está encarregado de pesquisar dentro de amplos programas cuja finalidade ele desconhece. Quer dizer, pesquisa sem ver a finalidade da pesquisa. Há pesquisas encomendadas por centros de tecnologias e feitas sem que os cientistas jamais saibam de sua finalidade.” (BUZZI, 1987)
Severino (1992) destaca a importância do desenvolvimento da ciência e da técnica para o progresso da humanidade, adverte para os perigos da “instrumentalização da razão”:
“E a ciência, que pretendia libertar os homens dos determinismos da natureza, das doenças, da miséria, acabou se transformando numa nova forma de opressão para os mesmos! A razão que construía a ciência, de razão libertadora, como queriam os pensadores modernos, acabou se transformando em razão instrumental que, por meio do controle lógico tecnológico, implantou uma tecnocracia: toda a vida humana é conduzida e determinada pelos padrões impostos pela ciência. E o que é pior, o poder da ciência e da técnica passa a ser controlado e usado por grupos humanos na defesa de seus interesses particulares. Ele se transformou num instrumento forte e adequado para a dominação e a exploração políticas! A vida das pessoas não é mais referida a critérios éticos e políticos, mas a critérios puramente técnicos! [...] Como se tudo se submetesse às regras da produção industrial.”
Para alguns pensadores, a tecnologia é um “mal implacável” e trouxe e trará consigo a alienação e a eliminação do trabalho humano; a escravização do homem pelas máquinas; a perda da liberdade individual e a invasão de privacidade em uma sociedade controlada e dirigida por dispositivos eletrônicos; o esgotamento dos recursos naturais; a deterioração do meio ambiente e a constante ameaça de destruição universal por meio de armas nucleares e drogas capazes de não apenas mutilar os seres humanos, mas também provocar genocídio em massa.
A saída está no meio termo, isto é, no encontro de soluções que permitam prever e minimizar as dificuldades, os problemas e os riscos próprios de tudo aquilo que é novo, em especial do que se denomina inovação tecnologia. Talvez não seja possível voltar a beber das águas de um como o Tietê, em virtude da poluição; no entanto, seria bastante razoável se os peixes pudessem voltar a viver em suas águas. Talvez não seja possível recuperar o que se perdeu da camada de ozônio, mas é importante encontrar saídas para a eliminação dos gases poluentes.
Nobert Wiener (1970), o “pai da cibernética”, embora ciente das dificuldades e embaraços que possam advir da tecnologia, deposita confiança e esperança na lucidez humana capaz de encaminhar o desenvolvimento tecnológico de modo a beneficiar a humanidade de forma positiva e satisfatória.
São inegáveis, sem dúvidas, os benefícios das inovações tecnológicas: economia de tempo e esforço na realização de inúmeras atividades; maior produtividade com mais qualidade; maior conforto e bem estar, seja no lar ou no ambiente de trabalho; indivíduos mais esclarecidos e universalmente instruídos pela abundância de informações e acúmulo de conhecimentos à disposição de todos na moderna sociedade informatizada.
Por outro lado, o mundo e a humanidade podem ser destruídos em poucos segundos; o aumento desconfortável do desemprego estrutural lança milhares de seres humanos a uma situação de ócio forçado e não planejado; a possibilidade de armazenamento de armazenamento de informações nos computadores torna o indivíduo mais vulnerável e ameaça sua liberdade pessoal e sua privacidade, a manipulação de toda uma sociedade por regimes totalitários, bem como a massificação e uniformização de padrões de conduta, capazes de romper os limites geográficos de cada nação, transformando o mundo numa “imensa aldeia global”, são riscos que ameaçam cotidianamente a existência do homem.
No entanto, a tecnologia tem sido alvo de críticas, por ser considerada dominação inconsequente da natureza, a serviço de interesses comerciais, industriais, militares, entre outros, muitas vezes inescrupulosos, cujos resultados podem ser prejudiciais ao homem.
“A tecnologia é o Leviatã da modernidade. Leviatã que comanda. Quem dirige e encomenda a pesquisa científica é hoje a tecnologia. Por isso, as universidades perderam em grande parte o senso da ciência. Perdeu-o também o próprio cientista, que está encarregado de pesquisar dentro de amplos programas cuja finalidade ele desconhece. Quer dizer, pesquisa sem ver a finalidade da pesquisa. Há pesquisas encomendadas por centros de tecnologias e feitas sem que os cientistas jamais saibam de sua finalidade.” (BUZZI, 1987)
Severino (1992) destaca a importância do desenvolvimento da ciência e da técnica para o progresso da humanidade, adverte para os perigos da “instrumentalização da razão”:
“E a ciência, que pretendia libertar os homens dos determinismos da natureza, das doenças, da miséria, acabou se transformando numa nova forma de opressão para os mesmos! A razão que construía a ciência, de razão libertadora, como queriam os pensadores modernos, acabou se transformando em razão instrumental que, por meio do controle lógico tecnológico, implantou uma tecnocracia: toda a vida humana é conduzida e determinada pelos padrões impostos pela ciência. E o que é pior, o poder da ciência e da técnica passa a ser controlado e usado por grupos humanos na defesa de seus interesses particulares. Ele se transformou num instrumento forte e adequado para a dominação e a exploração políticas! A vida das pessoas não é mais referida a critérios éticos e políticos, mas a critérios puramente técnicos! [...] Como se tudo se submetesse às regras da produção industrial.”
Para alguns pensadores, a tecnologia é um “mal implacável” e trouxe e trará consigo a alienação e a eliminação do trabalho humano; a escravização do homem pelas máquinas; a perda da liberdade individual e a invasão de privacidade em uma sociedade controlada e dirigida por dispositivos eletrônicos; o esgotamento dos recursos naturais; a deterioração do meio ambiente e a constante ameaça de destruição universal por meio de armas nucleares e drogas capazes de não apenas mutilar os seres humanos, mas também provocar genocídio em massa.
A saída está no meio termo, isto é, no encontro de soluções que permitam prever e minimizar as dificuldades, os problemas e os riscos próprios de tudo aquilo que é novo, em especial do que se denomina inovação tecnologia. Talvez não seja possível voltar a beber das águas de um como o Tietê, em virtude da poluição; no entanto, seria bastante razoável se os peixes pudessem voltar a viver em suas águas. Talvez não seja possível recuperar o que se perdeu da camada de ozônio, mas é importante encontrar saídas para a eliminação dos gases poluentes.
Nobert Wiener (1970), o “pai da cibernética”, embora ciente das dificuldades e embaraços que possam advir da tecnologia, deposita confiança e esperança na lucidez humana capaz de encaminhar o desenvolvimento tecnológico de modo a beneficiar a humanidade de forma positiva e satisfatória.
São inegáveis, sem dúvidas, os benefícios das inovações tecnológicas: economia de tempo e esforço na realização de inúmeras atividades; maior produtividade com mais qualidade; maior conforto e bem estar, seja no lar ou no ambiente de trabalho; indivíduos mais esclarecidos e universalmente instruídos pela abundância de informações e acúmulo de conhecimentos à disposição de todos na moderna sociedade informatizada.
Por outro lado, o mundo e a humanidade podem ser destruídos em poucos segundos; o aumento desconfortável do desemprego estrutural lança milhares de seres humanos a uma situação de ócio forçado e não planejado; a possibilidade de armazenamento de armazenamento de informações nos computadores torna o indivíduo mais vulnerável e ameaça sua liberdade pessoal e sua privacidade, a manipulação de toda uma sociedade por regimes totalitários, bem como a massificação e uniformização de padrões de conduta, capazes de romper os limites geográficos de cada nação, transformando o mundo numa “imensa aldeia global”, são riscos que ameaçam cotidianamente a existência do homem.
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